A live da Agência Sindical recebeu Ronaldo Lima dos Santos, do Ministério Público do Trabalho. Ele é coordenador da Conalis – uma das coordenadorias mais ativas do MTP, que lida, diretamente, com questões voltadas ao trabalho e ao sindicalismo.
MP – “É órgão da esfera federal, mas não compõe nenhum dos Três Poderes. Independente, com autonomia orçamentária, financeira e meios”.
Protocolo – “A pandemia é semelhante a um estado de guerra. A Nota Técnica 6 da Conalis prevê medidas que deviam ser adotadas antes de qualquer dispensa em massa.Preconizamos que entidade sindical e empresa negociem antes de qualquer dispensa em massa”.
Ajuda – “O Sindicato deve procurar o Ministério Público. Estamos disponíveis pra mediações. Temos projeto pra fazer o Ministério Público Mediador. Temos projeto de mediação nos casos de manutenção de emprego e renda, de evitar suspensão de contrato etc.”.
Ouvidoria – “Há vários canais de denúncia. Todas as Procuradorias têm canais de Ouvidoria. O MP tem a vantagem de tutelar o trabalhador enquanto está trabalhando. Se o trabalhador for à Justiça do Trabalho, geralmente vai depois de estar desempregado. No MPT, nós fazemos a mediação”.
Fiscalização – “Existe a fiscalização do trabalho; não mais aquela estrutura do Ministério do Trabalho. Quando a pandemia chegou, não tínhamos uma política de fechar aeroportos, portos, estradas, não se testava quem chegava. Saiu de controle. O Ministério Público atua também em questões de políticas públicas: equipamentos, hospitais e daí por diante”.
Sindicalismo – “Por mais que os Sindicatos estejam enfraquecidos, desde a ‘deforma trabalhista’, eles se superaram, participando de comitês de crises, fazendo reuniões e assembleias virtuais. Passaram a atuar também pela reconversão industrial. Ampliaram suas pautas e se preocupam com políticas públicas e sociais”.
Fonte: Agência sindical