Os diretores do Stiquifar (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Uberaba e Região) recebe denúncia de excesso de jornada dentro da Mosaic Fertilizantes, que não está sendo feita de forma eventual, conforme determina a Lei, em todas as áreas da multinacional. “Estamos constatando que horas extras estão girando em torno de 40h a 80h, dependendo do setor para qual está sendo convocado, o que comprova que a empresa vem trabalhando com um quadro reduzido de trabalhadores, seguindo o discurso de quando assumiram a Vale de que iriam produzir mais com menos”, ressaltam
O discurso dos representantes da Mosaic tem se mostrado verdadeiro, pois estão exigindo cumprimento de metas de produção, à custa do esforço físico e mental de todos os empregados, tornando o ambiente tenebroso. “As convocações exigem esforço sobre-humano, tendo em vista que a maioria tem uma jornada de trabalho estendida ou nos dias de descanso, o que compromete a saúde física e emocional. O sindicato está acompanhando a situação, inclusive cabe reclamação trabalhista. Já que a jornada de trabalho de forma sistemática fere a legislação vigente, além do que tem empregados que não estão fazendo hora de almoço e nem de descanso”, pontuam.
Tal situação se agrava pois é dever da empresa proteger a saúde e as condições de trabalho que estão se tornando cada vez mais insalubres e periculosidades para a categoria. “Chegou o ponto do pessoal da área de terceirizados e da Mosaic impedirem a equipe de manutenção de entrarem em locais restritos para realizar suas funções, em decorrência de alagamento de ácido fosfórico. Então, cabe a nós como entidade classista questionar onde estão as medidas de segurança da empresa para não gerar acidentes e colocar em risco a vida dos trabalhadores”, indagam
Negligência – O sindicato percebeu que o departamento responsável por garantir as medidas de segurança só aparecem de forma punitiva para os trabalhadores do chão de fábrica, pois não realizam atividades de oferecer suporte, mas trabalham em busca de encontrar “culpados” quando acontece algum acidente no local. “Infelizmente, a empresa não está preocupada em realizar ações preventivas e sim penalizar os empregados, pois sabem que é a parte mais fraca. No entanto, a entidade classista está atenta à situação e não hesitará em tomar as medidas cabíveis para garantir os direitos que mantém a saúde física e psicológica dos trabalhadores”.